sexta-feira, 30 de maio de 2014

Amor

Chorei, chorei baixinho
Uma lagrima caiu no silêncio da noite
Um silêncio triste e profundo
Que me tras uma leve brisa de saudade
Um conjunto de sentimentos
Que se transformam num sonho
Um sonho que se desfaz em nada
Um nada que afinal é tudo
Mas um tudo que eu não sei se existirá
Sei apenas o que sinto
Sinto um vazio na alma
E, ao mesmo tempo
Uma eterna e paciente esperança
Capaz de secar todas as lagrima
Que eu já chorei e mais aquelas
Que eu sei que ainda vou chorar
Por nós
Por ti e por mim
E por este sentimento ao qual eu não consigo dar um sim
Sentimento esse, capaz de ultrupassar
Qualquer barreira só para estar contigo
Será esse sentimento forte
Que se chama "Amor"

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

 

Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.

 

O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.

 

E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.

 

                          Luís de Camões






Escolhi este poema porque achei que fala dum tema interessante, a mudança do ser ao longo do tempo.